Aquilo que conhece e
define como 'vida', é apenas uma fina camada de acontecimentos que acontecem
numa realidade mais profunda. Uma realidade muito ao nível da consciência. Uma
realidade que, para os mais atentos, mostra a verdadeira essência daquilo que
somos e do que estamos aqui a fazer - ajudar a criação a expandir-se e a
crescer cada vez mais. Puro acto de amor cósmico.
Desde sempre que o ser
humano questiona sobre a vida e a sua existência aqui.
Um grande mistério a
resolver. Um mistério à volta de algo tão simples como a criação e a própria
vida. Mas o certo é que, apesar de tanta evolução e desenvolvimento, o homem
continua na procura cega da resolução desse mistério, que envolve a existência
(vida) e a ausência dela (morte). Uma procura desmedida em perceber ao nível da
consciência humana, o poder real criador - algo que só a própria fonte criadora
o saberia definir.
Se me perguntassem se
poderia provar a existência de um mistério da vida ou fonte, usaria esta
flagrante separação entre a realidade profunda e a vida do dia-a-dia para explicar.
Na verdade, mesmo assim não seria perfeita e completa a resposta - trata-se de
algo mais profundo e complexo.
Desde o primeiro
pulsar, no ventre da nossa mãe, é-nos incutido, via celular, a formação da
ideia de que a vida é muito mais do que aquilo que vemos e percepcionamos aqui.
Quiçá a ligação directa à essência do cosmos e ao poder criador original, que
nos faz sentir aquele sentimento de eterna 'saudade' de casa. No
mais profundo de nós, até no mais céptico e desligado destas matérias, existe
esta informação codificada, numa linguagem completamente diferente daquela que
o cérebro conhece. Somos oriundos da fonte, do pulsar original e do próprio
mistério existencial.
Cada um de nós, em
algum momento da vida, já experimentou sensações de puro arrebatamento ou
felicidade. Algo que nos transportou para uma espécie de dimensão diferente da
que vivemos nesta realidade da forma. Seja uma brisa no rosto num momento
especial, uma música que nos enche a alma ou uma dança que nos eleva ao mais
puro de nós, é real esse tipo de sensações em todos os seres humanos. Momentos
em que parece conseguirmos 'tocar' a dimensão do eterno criador... o hiato
sublime entre a nossa existência lógica e o caos cósmico!
Lembro-me neste momento,
no episódio que vivi aos 16 anos que me transportou para uma dimensão
completamente diferente desta. Nessa experiência quase-morte, acedi a
informações - ou pelo menos acredito que assim tenha sido - que hoje são a base
para esta continuidade feliz, inteira e leal à vida e a esta personagem que tem
como nome 'Joaquim'. Percebi, através de uma fonte codificada, ao nível do
subconsciente, que esta é a única oportunidade que tenho para viver esta
personagem. Percebi que, sabia o que sabia da vida, porque estava na posse da
consciência na condição humana. De outra forma seria impossível! Haveria
necessidade da própria fonte se definir a si mesma!?
Todos nós, num
determinado período da vida, por vários motivos e cenários envolventes, vivemos
um ou outro episódio 'espiritual' ou mais 'transcendental'. Ao longo de todos
estes anos de trabalho como psicoterapeuta, life coach e treinador do corpo e
da alma, ouvi muitas histórias contadas em primeira mão, que referem
experiências desta índole. Seja um deslumbre de um parente que já partiu ou uma
simples sensação de aconchego e abraço por algo que acreditamos ou nos movemos
pela fé, são experiências que nos empurram de alguma forma para a lembrança de
que a vida é muito mais do que isto. Experiências que nos fazem acreditar que,
um dia, após deixarmos esta experiência personificada e humanamente consciente,
voltaremos para onde viemos - a fonte, a morada original.
Desde os tempos mais
antigos que os grandes mestres nos trouxeram pensamentos, reflexões, verdades
que ainda hoje permanecem como inspirações e fios condutores para quem as
percebe e entende. Como seres inteligentes, dotados de um mecanismo que
ultrapassa qualquer criação robótica na época em que nos encontramos
actualmente, fomos induzidos a uma procura infinita pela verdade e pelo caminho
de retorno a casa ou retorno à fonte.
Falar da fonte e do
grande mistério da vida, é falar da essência mais pura da criação.
Por mais palavras que
se usem, jamais, nesta condição limitada de conceitos em que nos encontramos,
neste tempo consciente existencial, jamais chegaremos à verdade pura original -
porque é inseparável e indivisível de si mesma. Tentamos, através do único meio
que criámos para nos expressar, alcançar o mais aproximado da verdade.
Seja como for, temos
dado grandes passos no que toca à compreensão do que somos e da própria
essência criadora. Por exemplo, se há uns anos atrás alguém dissesse que os
intestinos são equiparados ao cérebro, seria internado. Hoje sabemos que, todo
o nosso corpo, todas as nossas células e orgãos internos, se regem através de
um mecanismo super inteligente que torna possível a criação da vida e daquilo a
que chamamos 'eu'. Cada instante da nossa existência é assegurado por milhares
de células, orgãos que comunicam entre si e garantem de forma inteligente a
continuidade desta experiência aqui. Poderemos então afirmar que, somos a
expressão consciente da fonte... a revelação codificada de Deus?
A melhor e única forma
de o saber e tomar como garantido qualquer ideia sobre a fonte e o mistério da
criação, é mergulhar nas profundezas do nosso ser. Deixar-se levar pelo
entendimento fluído da condição mais pura, aquando meditamos ou deslizamos no
grande oceano da verdade em nós.
Joaquim Caeiro
Life Coach | 960 059
885 (sms)
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